Nas sessões de RPG, nós costumamos demonstrar as ações do personagem basicamente dizendo ao narrador o que o personagem faz e o que ele pensa. Alguns jogadores falam como se fossem o personagem, às vezes até mudando um pouco a voz, mas isto nem sempre é necessário.
Em um Live Action (Ação ao Vivo), os jogadores não apenas falam como seus personagens, mas se vestem e andam como eles. É como se fosse um teatro, onde todos são atores dirigidos pelo narrador, que, em muitas vezes, também contracena. Os personagens coadjuvantes (NPCs) também são encarnados por jogadores, que podem ter algum controle sobre o que podem fazer.
Também chamado de LARP (Live Action Role-Play), os Lives podem ser ambientados em praticamente qualquer cenário de RPG, mas devido a sua forma de serem, situações sociais são mais interessantes e apropriadas a jogos dessa natureza, já que simular combate requer mais controle por parte dos narradores (falaremos sobre Batalhas Campais em breve).
Um dos projetos de Live-Action mais famosos em nosso país é o Brasil by Night, ambientado no mundo de Vampiro: A Máscara. Nele, os personagens fazem parte da sociedade vampírica, como neófitos, anciões ou meros carniçais.
Há outros grandes projetos também, como o pessoal do Graal, especializado em cenários medievais e Batalha Campal e a Confraria das Idéias, outro grande grupo de organizadores de Live Action dos mais diversos cenários.
Para participar de um Live Action, é fundamental caracterizar-se bem, de acordo com o que se espera do personagem. Dependendo do cenário, isso pode ser mais fácil ou mais difícil. Vestir-se como um Ventrue é bem mais fácil que encarnar um bárbaro orc.
O local onde se vai jogar também exige uma aproximação do que se quer representar, se o cenário é medieval ou uma simulação de um caern, é preferível que seja um local com presença da natureza, um sítio, por exemplo.
Por vários anos, em Belém, um grupo de jogadores, no qual eu me incluo, fez parte do Brasil by Night, planejando lives bimestrais de Vampiro com bastantes jogadores. Chegamos a ter mais de 100 jogadores, utilizando como local um shopping de três andares. A meu ver, foi o ápice do Belém by Night. Não sei se ainda existe, mas de qualquer forma, aquele arco de estórias com Sir Edward e seus Gangrel alemães ficou bem lá para trás no tempo.
Em uma próxima oportunidade falarei um pouco sobre as regras de um Live Action e algumas sugestões de como realizá-lo.
Quer saber mais?
Confraria das Idéias
Wiki
Estória do início do Graal
Fotos de alguns Live Actions organizados em Belém e em Macapá:
Live de Paranóia (2010): cidadãos de nível infra-vermelho tentando entender o que fazer para sobreviver... e ao fundo, observando tudo: O Olho do Grande Irmão.
Mensagens estimulantes para criar o clima de jogo.
Live medieval realizado em Macapá (2009): um mago de costas e um ladino escondendo-se nas sombras.
Um cavaleiro barrigudo a serviço de seu lorde.
Um dos inúmeros lives do Belém by Night: Bem-vindo ao Clube Nosferatu! O sujeito mais à direita nem precisou de máscara...
Caçadores de Vampiros! Pobres coitados...
Live é simplesmente o ponto maximo das mesas de RPG, é sem duvida o momento em que vc veste seu personagem.
ResponderExcluirEu posso dizer que já vesti um personagem chamado Bertram, Lobsomem, com Augurio Galliard, Tribo Fianna, que guardou os registro de sua matilha, em eventos ocorridos em um Caern. curti muito e olha que foi um live pequeno, imagina um grande, com conspirações, corridas e intrigas...
Esse live de Paranóia deve ter sido muito massa! Fiquei curioso para saber como rolou (o "olho" do Computador no telão ficou muito sinistro, hehe).
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